domingo, 30 de março de 2014

Comendo o que pode... E o que não pode? Também?

Li um artigo sobre hábitos alimentares num blog que acompanho sempre, quando Manuela ainda tinha em torno de 7 meses, e essa leitura me fez pensar seriamente sobre meus hábitos alimentares, e na época escrevi um texto para a minha página no facebook à respeito. O título do artigo que li era:  “Se somos o que comemos, quem nossos filhos são?” http://www.cientistaqueviroumae.com.br/2013/01/se-somos-o-que-comemos-quem-nossos.html
Hoje, para reabrir o meu blog, que mudou de foco e está totalmente repaginado, resolvi rever o texto e readaptá-lo para a minha atual situação. 
A boa surpresa se deu, que ao ler o texto antigo, na época eu consumia Mc Donald’s com certa frequência, e tinha uma enorme preocupação com o exemplo que daria à minha filha, e hoje percebi que não consumo esse lanche há mais ou menos um ano. Estou orgulhosa de mim, e do exemplo que "não" estou dando para Manuela. Afinal todo mundo está "careca" de saber que fast food e produtos industrializados não faz bem para ninguém, nem para adultos, quanto mais para crianças que ainda tem seu aparelho digestivo em plena formação.
Então, revi o artigo, revi o meu texto, reescrevi, e publiquei...

Boa leitura.
Li um artigo sobre hábitos alimentares num blog que acompanho sempre, o texto falava sobre dar comidas do tipo “McDonald’s” para as crianças. Eu particularmente, gosto muito dos lanches de lá, comia, com certa frequência até pouco mais de um ano atrás. Houve uma época, em que comia muito mais, em algumas situações 2 ou 3 vezes por semana, o que pra mim hoje, é um exagero! Porém, usava de desculpa do tipo: “Não tenho tempo, vai o que é mais rápido!” Mas nem eu mesma acreditava nisso, dava bem tempo passar no supermercado e comprar um lanche “natural” que é menos calórico e mais nutritivo. Acho que levaria basicamente o mesmo tempo na fila do caixa do supermercado que levaria na fila do “drive-thru” do restaurante em questão.

Hoje nem me lembro quando foi a última vez que comi os lanches do McDonald’s. Isso porque o consumo desse tipo de alimento me pareceu um problema no quesito “exemplo para a minha filha”. Comer esses lanches, mesmo que seja uma vez ao ano, não estão nos meus planos, porque não quero incentivar o consumo desse tipo de “porcaria”. Definitivamente, não considero esse tipo de alimento adequado para uma criança, diria até que não é adequada nem mesmo para um adulto. É claro que não dá para “radicalizar” a situação, mas é preciso considerar que, para uma criança que está formando seu paladar, a inclusão de uma alimentação rica em “porcarias” pode prejudicar todo o resto de sua alimentação, fazendo-a preferir os alimentos saborosos e pobres nutricionalmente, aos alimentos não tão saborosos, porém mais saudáveis e nutritivos.

Eu mesma, já permiti alguns absurdos com a minha filha, já permiti que molhassem a chupeta dela no refrigerante, permiti que dessem bolacha recheada para ela “lamber”, e até sorvete, e isso quando ela tinha pouco mais de sete meses. Mas no fundo eu sabia que estava errada em permitir, e até fazer essas coisas com ela. Em que contribui para a saúde e crescimento da minha filha, alimentos ricos em açucares, ou frituras? NADA! E isso pode ajudar com que ela desenvolva precocemente um gosto por esse tipo de coisa, e abandone frutas e legumes, que hoje ela tanto gosta, para aderir a esse cardápio “vazio”, a tornando talvez, ou bem provavelmente, um adulto, ou até mesmo uma criança obesa e sem saúde. Não dá para concordar com isso dá?

Por isso, hoje, repensei meus hábitos alimentares, e passei a evitar esse tipo de alimento desde que percebi que era o meu exemplo que poderia ajudar a estabelecer uma alimentação saudável e adequada para ela, afinal os baixinhos estão só observando seus "tutores" o tempo todo, e absorvendo tudo, pronto para copiá-los, nos bons e nos maus exemplos também. 

Substituímos a batata frita, por batata assada ou cozida, lanches por assados caseiros, pizzas são raras aqui em casa, e como gostamos, acabamos por optar pelas de brócolis ou escarola, com menos embutidos e mais vegetais. 

Estava preocupada com o meu exemplo para ela quanto à alimentação, por isso decidi que seria diferente. Não quero no futuro, olhar para traz, e me sentir culpada ao ver que contribui para que minha filha se tornasse uma criança ou adulto sem saúde e com problemas para comer legumes, frutas e vegetais. E assim como minha decisão é de não oferecer à Manuela uma alimentação com açucares em excesso, fast-foods, frituras e muitos produtos industrializados, por enquanto, quero passar isso às pessoas que fazem parte da vida dela, para que haja uma coerência em seus hábitos alimentares. É muito importante que os pais estejam de comum acordo com relação à tudo sobre o filho, inclusive a alimentação, e é importante também, que os demais adultos "próximos", como avós, tios e amigos íntimos participem desse entrosamento, e respeitem a opinião dos pais com relação a alimentação do filho. Ninguém precisa concordar se não quiser, basta respeitar.

Já tive que ouvir algumas pessoas dizerem que a levaria no McDonald’s depois que ela fizesse um ano, mas a questão é que a minha filha, não irá em lugares desse tipo enquanto  eu puder evitar. Mesmo se ela estiver com 4 anos ou mais, se eu puder evitar, evitarei lanches do tipo fast-food, refrigerantes e doces com excesso de açúcar. Sei que vou ouvir que sou uma mãe má, cruel, que está tirando a infância da filha, como já ouvi algumas vezes. Mas para mim infância está ligada à uma vida saudável cheia de amor, carinho e diversão. Manuela é extremamente saudável, brinca na terra, na areia, com o cachorro e é muito feliz comendo maçã, banana e berinjela. Ela se quer sabe o que é Mc Donald's, então isso não faz diferença alguma pra ela.

Hoje ela está com um ano e nove meses, e eu ainda não apresentei lanches de mc donald’s para ela, e fujo constantemente dos sucos de caixinha e refrigerantes. A questão aqui não é proibir o consumo desse tipo de alimento, mas é retardar ao máximo, e se possível, sim EVITAR definitivamente esse tipo de alimento no cardápio da pequena enquanto for possível. Talvez me achem radical demais, e provavelmente, me chamem de chata, quando eu digo “não” para os refrigerantes, bolachas recheadas, chocolates e passeios ao McDonald’s, mas não tem o menor problema, se para ser mãe e zelar pela saúde e bem estar da minha filha é preciso ouvir algum tipo de desaforo, tudo bem, eu aguento! Na verdade, já estou até acostumada com isso. (risos)

Não dá para ser cúmplice, e deixar que incentivem a minha filha a consumir certos tipos de porcarias. Esse é o meu papel afinal de contas, eu sou a mãe dela. Então por isso, aqui em casa as frituras foram abolidas, refrigerantes só em ocasiões especiais e mesmo assim ela fica com o suquinho natural dela e não toma refrigerante, doces só em festas e ainda assim nem ofereço, ela só come se alguém der, e olhe lá. Sempre que saímos eu carrego comigo o suco natural na bolsinha térmica, e as bolachinhas sem recheio para um caso de emergência, se possível levo frutas.

Pode parecer radicalismo e chatice, mas cuidar da alimentação de uma criança é zelar para que ela tenha um futuro saudável, e dar o seu melhor para o melhor que você tem na vida.

Boa noite, bom finalzinho de domingo e uma semana abençoada. 

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